[Review] Strikers Edge (PS4/Switch)

Queimada medieval com armas e magia? Esse jogo veio pra misturar esporte com estilo!

Misturando jogo de queimada com combate medieval, Strikers Edge traz algo divertido e pronto para dizer "temos algo novo pra você".

Lançado para PS4 e Nintendo Switch, o jogo consiste em sobreviver e vencer usando velocidade e inteligência, e uma boa quantidade de força bruta e magia. Usando sprites em 16 bits, com um "corte" ao meio da tela, que separa os times, em cenários criativos em navios, ilhas separadas, dentre outros lugares temáticos bem intensos. Dois combatentes pra cada lado, golpe padrão que é praticamente um projétil, podendo ter variações poderosas de combos, ao bel prazer do jogador. Quando você é rápido pra pensar e agir, consegue usar habilidades especiais, além de ter uma trilha sonora divertida (mesmo que um pouco repetitiva, caso você jogue por bastante tempo, mas, não atrapalha tanto).

Com ferramentas simples, paleta de cores pequena, mas, com personagens únicos, com diferentes movimentos especiais, o jogo vale pela variedade para o jogador encontrar o que se encaixa melhor com seu estilo.

Usando a personagem Eir, por exemplo, quando seguramos a carga, sua lança é mais rápida e bem mais forte, podendo ter danos extras, caso erre. Se você consegue bloquear com sucesso, pode recarregar um pouco de energia, o que também pode ser uma mão na roda numa batalha.

Infelizmente, para treinar fora do jogo principal, há apenas opção de jogar Online ou campanha individual de cada personagem, ao invés de um modo "Practice". Não é tudo ruim, neste caso, porque, cada história individual tem seus diálogos únicos e prendem a atenção, com um roteiro magnífico, e profundo, e pode te fazer entender melhor a história, e se entreter melhor com a campanha principal do jogo (além de estar melhor treinado com cada personagem, conhecendo cada movimento e possibilidade que puder aprender).

O jogo é mais focado nitidamente no Multiplayer, o que é, de certa forma, a maior diversão que pode ser usufruída neste tipo de jogo, no lugar de jogar só contra a inteligência artificial de novo e de novo. Há cross-play entre plataformas, PS4/Switch/PC, porém, ainda assim, leva um bom tempo para achar outro jogador, devido ao jogo ainda não ser famoso. Mas, ao menos quando encontra uma partida, você acaba conhecendo gente desafiadora pelo caminho. Infelizmente, se a sua internet não for acima de 20 Mega, podem ocorrer lags, o que acaba atrapalhando um pouco, inclusive tiros certeiros podem não funcionar, por não haver precisão nos movimentos seus ou do oponente.

A experiência do multiplayer local é, sem dúvidas, a melhor que você pode ter, pois, além de não haver lag, e não haver demora na busca por outro jogador, serve para reuniões de amigos, festinhas, etc, como uma espécie de "party game", e se transformar numa bela competição que remete aos bons tempos de NES/Mega Drive.

Em resumo, o jogo conta com uma variedade média de personagens, controles de boa jogabilidade, o replay é certo para quem curte tanto Dodgeball quanto temas medievais e 8 a 16 bits em um jogo simples, porém, sensacional.

Pontos positivos

- trilha sonora boa
- personagens com diferentes formas de jogar
- jogabilidade boa
- história com profundidade
- gráficos retrô bem resolvidos

Pontos Negativos

- lag no multiplayer online
- não haver modo de treino

Nota Final: 7,5