[Review] Boiling Bolt (Multi) revive a emoção dos antigos jogos de nave
Sinta-se voando para além do infinito... com a vantagem de poder atirar para todos os lados!
Esse é o enredo de Boiling Bolt, da Plug In Digital e Persistant Studios, jogo no qual o papel da protagonista June é lutar para defender uma ilha contra uma organização criminosa que quer drenar a energia do local.
O diferencial é ser um jogo de nave com protagonista feminina, a piloto June, que surge na tela em janelas durante as conversas com a equipe. Para quem curtiu clássicos como Gradius e R-Type III nos tempos dos consoles 16 bits, o título é uma excelente pedida, pois resgata o gênero com os recursos da nova geração. Veja o trailer aqui.
A aventura inicia com um tutorial, no qual o jogador pode exercitar as não tão complicadas funções da nave. O jogo explora bem os controles analógicos, dando uma boa variedade de movimentos ao jogador. Tiros frontais e posteriores auxiliam a detonar os inimigos mais rapidamente, aumentando as possibilidades de acertos. Os belos gráficos em estilo mangá são ao mesmo tempo simples e funcionais, utilizando bem o potencial do console (mas não completamente). O som e efeitos sonoros criam a atmosfera necessária para a diversão.
O jogador já familiarizado com a mecânica de jogos de nave terá muita facilidade ao explorar os cinco mundos de Boiling Bolt. Criar estratégias para atirar para todos os lados no maior número de inimigos possível ao som de uma música relaxante parece tarefa simples, mas com dificuldade crescente: os inimigos não dão folga, e quando você menos espera, perdeu todas as suas cinco vidas e precisará gastar seus pontos comprando continues.
Não dá tempo nem de desfrutar a história do jogo: não há vozes, os diálogos são todos através de legendas que pipocam na tela nos momentos mais complicados do tiroteio. O jogador vai sendo levado pelos acontecimentos, e a única preocupação acaba sendo continuar vivo. Depois de alguns minutos passando pela fase levando bala para todos os lados, ainda é preciso detonar o chefe, que não está ali para brincadeiras e vai tentar te destruir em um único raio, aniquilando todo o trabalho físico e mental de chegar até lá.
O pior problema de tudo é que, apesar de parecer simples de acabar (pois são somente cinco fases), o jogo tem um terrível nível de dificuldade, agravado pela falta de continues, passwords ou livre acesso às fases completadas no modo Arcade. Em outras palavras, se perder, terá que começar do início, o que acaba tirando muito da diversão e deixando o desafio meio repetitivo. Claro que, a cada tentativa, o jogador se familiarizará com as estratégias das naves inimigas, mas um simples tiro de surpresa poderá destruir todo um trabalho de horas, o que não é nada estimulante. Após algumas horas (ou dias) de tentativas, o stress aumenta, e a tendência é jogar outra coisa.
A presença de outros modos de jogo mais empolgantes poderia atenuar este sentimento, mas as opções não agradam: além do Arcade, o game tem o modo Challenge, ainda mais difícil; o Curso Livre, no qual é permitido apenas jogar as fases já desbloqueadas; e o Um Tiro Um Morto, com nome auto explicativo, ou seja, não há piedade com o pobre jogador.
Talvez o que seja mais legal em Boiling Bolt é a promessa de algo diferente dos shooters da geração atual, que é justamente o elemento chave dos games espaciais antigos: a realização do sonho de pilotar uma nave em um espaço hostil, lutando pela sobrevivência. O game tem aquele climão de nostalgia para todos os amantes do gênero, mas na prática, acaba te oferecendo muitos tiros inimigos com pouca possibilidade de defesa.
Testar os reflexos é ótimo, mas quando você sente que teve uma recompensa a altura, aí sim a diversão é assegurada. Escolher errado entre os quatro poderes disponíveis pode significar morte certa, e os três continues não vão te deixar ir muito longe. Superar estas dificuldades e chegar até o fim é o que separa guerreiros de mestres.
Uma coisa que faz falta no game em comparação ao jogos antigos é a falta de variedade nos poderes adquiridos. Apesar de poder comprar alguns tipos de habilidades na Loja, estas não ajudam muito e você acaba sentindo falta de grandes power ups com tiros, porradas e bombas dignas, principalmente devido a quantidade de inimigos a enfrentar. Os pipocos disponíveis não suprem a grande demanda.
Pelo trabalho de arte, o jogo prende sim. A escolha de cores das fases com visual cativante, a música agradável que junto aos efeitos criam um bom ambiente sonoro, a facilidade e liberdade de controles da nave são os pontos positivos que irão cativar o jogador. A cada tiro levado, a raiva aumenta, aí só resta aquele dilema: ame-o ou deixe-o. Você pode me ver tomando uns tiros através do Twitch, neste link.
"Há muito tempo uma guerra destruiu o mundo e da Terra somente restaram umas ilhas que flutuam graças à força de seus cristais. A vida retornou ao normal e o amargo passado caiu no esquecimento. Um milênio mais tarde, o ataque de uma estranha mulher a Scire pôs um fim ao frágil equilíbrio".
Esse é o enredo de Boiling Bolt, da Plug In Digital e Persistant Studios, jogo no qual o papel da protagonista June é lutar para defender uma ilha contra uma organização criminosa que quer drenar a energia do local.
O diferencial é ser um jogo de nave com protagonista feminina, a piloto June, que surge na tela em janelas durante as conversas com a equipe. Para quem curtiu clássicos como Gradius e R-Type III nos tempos dos consoles 16 bits, o título é uma excelente pedida, pois resgata o gênero com os recursos da nova geração. Veja o trailer aqui.
A aventura inicia com um tutorial, no qual o jogador pode exercitar as não tão complicadas funções da nave. O jogo explora bem os controles analógicos, dando uma boa variedade de movimentos ao jogador. Tiros frontais e posteriores auxiliam a detonar os inimigos mais rapidamente, aumentando as possibilidades de acertos. Os belos gráficos em estilo mangá são ao mesmo tempo simples e funcionais, utilizando bem o potencial do console (mas não completamente). O som e efeitos sonoros criam a atmosfera necessária para a diversão.
Oba, um jogo de navinha
O jogador já familiarizado com a mecânica de jogos de nave terá muita facilidade ao explorar os cinco mundos de Boiling Bolt. Criar estratégias para atirar para todos os lados no maior número de inimigos possível ao som de uma música relaxante parece tarefa simples, mas com dificuldade crescente: os inimigos não dão folga, e quando você menos espera, perdeu todas as suas cinco vidas e precisará gastar seus pontos comprando continues.
Não dá tempo nem de desfrutar a história do jogo: não há vozes, os diálogos são todos através de legendas que pipocam na tela nos momentos mais complicados do tiroteio. O jogador vai sendo levado pelos acontecimentos, e a única preocupação acaba sendo continuar vivo. Depois de alguns minutos passando pela fase levando bala para todos os lados, ainda é preciso detonar o chefe, que não está ali para brincadeiras e vai tentar te destruir em um único raio, aniquilando todo o trabalho físico e mental de chegar até lá.
É mais difícil do que se pensa
O pior problema de tudo é que, apesar de parecer simples de acabar (pois são somente cinco fases), o jogo tem um terrível nível de dificuldade, agravado pela falta de continues, passwords ou livre acesso às fases completadas no modo Arcade. Em outras palavras, se perder, terá que começar do início, o que acaba tirando muito da diversão e deixando o desafio meio repetitivo. Claro que, a cada tentativa, o jogador se familiarizará com as estratégias das naves inimigas, mas um simples tiro de surpresa poderá destruir todo um trabalho de horas, o que não é nada estimulante. Após algumas horas (ou dias) de tentativas, o stress aumenta, e a tendência é jogar outra coisa.
A presença de outros modos de jogo mais empolgantes poderia atenuar este sentimento, mas as opções não agradam: além do Arcade, o game tem o modo Challenge, ainda mais difícil; o Curso Livre, no qual é permitido apenas jogar as fases já desbloqueadas; e o Um Tiro Um Morto, com nome auto explicativo, ou seja, não há piedade com o pobre jogador.
A volta dos tempos que não foram tão bons
Talvez o que seja mais legal em Boiling Bolt é a promessa de algo diferente dos shooters da geração atual, que é justamente o elemento chave dos games espaciais antigos: a realização do sonho de pilotar uma nave em um espaço hostil, lutando pela sobrevivência. O game tem aquele climão de nostalgia para todos os amantes do gênero, mas na prática, acaba te oferecendo muitos tiros inimigos com pouca possibilidade de defesa.
Testar os reflexos é ótimo, mas quando você sente que teve uma recompensa a altura, aí sim a diversão é assegurada. Escolher errado entre os quatro poderes disponíveis pode significar morte certa, e os três continues não vão te deixar ir muito longe. Superar estas dificuldades e chegar até o fim é o que separa guerreiros de mestres.
Uma coisa que faz falta no game em comparação ao jogos antigos é a falta de variedade nos poderes adquiridos. Apesar de poder comprar alguns tipos de habilidades na Loja, estas não ajudam muito e você acaba sentindo falta de grandes power ups com tiros, porradas e bombas dignas, principalmente devido a quantidade de inimigos a enfrentar. Os pipocos disponíveis não suprem a grande demanda.
Pelo trabalho de arte, o jogo prende sim. A escolha de cores das fases com visual cativante, a música agradável que junto aos efeitos criam um bom ambiente sonoro, a facilidade e liberdade de controles da nave são os pontos positivos que irão cativar o jogador. A cada tiro levado, a raiva aumenta, aí só resta aquele dilema: ame-o ou deixe-o. Você pode me ver tomando uns tiros através do Twitch, neste link.
Qualidades
- Um jogo de nave ao estilo 16 bits, mas com os recursos de profundidade e gráficos desta geração;
- Um desafio empolgante que se renova a cada tiro;
- Modo para treino das fases já abertas.
Defeitos
- Falta de continues, passwords ou desbloqueio da última fase jogada;
- Modos competitivos e cooperativos online;
- Faltam formas de evoluir sua nave rapidamente.
Boiling Bolt - Xbox One/PS4/PC - 8,0
Este texto foi produzido a partir de uma chave cedida pela assessoria de imprensa.
Post a Comment