[Review] Cube Snake
O jogo da cobrinha, diretamente dos celulares antigos para o mundo 3D, mas esqueceu seu veneno!
A NOSTALGIA ENCAIXOTADA
Você lembra da cobrinha do Nokia? Aquela que destruía amizades porque alguém sempre batia recorde na aula de matemática? Pois bem, em Cube Snake, essa serpente nostálgica ganhou músculos e um novo look neon cubista. Lançado pela Kabum, o jogo é um indie baratinho (R$15 na Steam) que tenta reinventar o clássico Snake com gráficos isométricos, um clima retrô-futurista e um toque de arcade moderno. A ideia é boa. A execução... tem altos e baixos.
MECÂNICA SIMPLES, DESAFIO COMPLEXO
Aqui, o controle da cobra é feito com apenas dois botões para virar e um pra acelerar. Parece fácil, mas o jogo rapidamente mostra que se você piscar… é game over. Você percorre blocos flutuantes, sobe pelas paredes (!), pega frutas digitais e tenta não bater em si mesmo — tudo isso com o limite do cenário te cercando como se fosse o juízo final.
A cada fruta, a cobrinha cresce, e se você chegar até a barra de “FEVER MODE”, entra num estado frenético com pontuação multiplicada. Legal? Sim. Viciante? Até certo ponto.
O BRILHO DO VISUAL
Sem dúvida, o ponto mais forte de Cube Snake é o visual. Ele é bonito. Tipo, muito bonito. Reflexos, cores vibrantes e um cenário cheio de estilo. A estética parece saída direto de um clipe do Daft Punk.
Só tem um problema: a câmera isométrica. Ela dificulta enxergar o caminho exato, e às vezes você acha que tá indo reto… e já virou de lado sem perceber. Isso quebra um pouco a fluidez, principalmente em estágios mais avançados.
SOM QUE ACOMPANHA, MAS NÃO SURPREENDE
A trilha sonora é funcional — dá aquela vibe eletrônica que combina com o visual, mas repete logo. No modo "Fever", ela até anima mais, mas no geral falta variedade. Um ou dois temas a mais teriam dado um fôlego necessário.
LIMITAÇÕES E FALHAS
O maior pecado de Cube Snake é ser curto e sem opções. Sem modo história, sem diferentes tabuleiros, sem personalização. O jogo entrega o que promete, mas só isso. Também faltam tutoriais, e os menus têm seus bugs: errar ao navegar pode te fazer perder a pontuação antes de salvar.
E tem o ritmo: alguns vão amar a progressão lenta. Eu? Queria mais dinamismo. A cobrinha anda como se tivesse acabado de sair do bar depois de três rodadas de tequila.
CONCLUSÃO
Cube Snake é como um chiclete colorido: bonito, divertido nos primeiros minutos, mas perde o sabor rápido. É um ótimo passatempo pra quem quer sentir nostalgia com uma camada de neon em cima. Só não espere profundidade. Se um dia receber modos extras, skins malucas ou desafios diários, pode subir de patamar.
“Um jogo com charme de fliperama, alma de Nokia e cabeça quadrada. Literalmente.”
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