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[Review] Robocraft Infinity (Xbox One): Uma batalha de robôs estilo brinquedo de montar


Uma batalha campal entre robôs totalmente customizaveis: Robocraft Infinity, desenvolvido e publicado pela Freejam em 11 de abril, é um clássico shooter em terceira pessoa, onde você lutará pela sobrevivência em eletrizantes confrontos online.

O jogo para Xbox One possui as versões simples, completa e deluxe com preços variáveis, e foi disponibilizado gratuitamente para os assinantes do serviço Game Pass. Ele foi otimizado para Xbox One X, com gráficos aprimorados em 4K Ultra HD, recebendo durante o mês de julho algumas atualizações, como pacotes de Cosmetic Credits para compra adicional. Também é possível jogar no Windows 10, com a conta da Microsoft.

Indicado para jogadores acima de 10 anos de idade, Robocraft Infinty possui as versões de idioma inglês, francês, italiano, alemão, espanhol, japonês, português brasileiro, russo e coreano, tendo nota 3,6 na avaliação dos jogadores na página da Microsoft: entre os relatos, muitos elogios a diversão; as desvantagens ficam por conta das microtransações e da falta de modo dois jogadores local. (Assista o trailer aqui)

Lutando como um robô gigante

Os modos de jogo são poucos, e são divididos em Criativo (onde é possível criar ou modificar o robô e testar as funções do mesmo), Básico (treinamento onde se pode explorar um cenário em desafios simples) e Multiplayer online, que comporta até 10 pessoas em batalhas 5 vs. 5, divididas em Partida da Morte (onde ganha quem chega primeiro ao número de 25 mortos) e Arena de Batalha (conquistas em equipe); nesses modos, todos precisam correr muito e se esconder pelos cenários cheios de aclives e declives, enquanto trocam tiros e tentam eliminar uns aos outros.

Os controles são muito simplificados, facilitando a vida dos jogadores novatos; botões para correr, voar ou pousar (quando possível), mudar de arma ou disparar. Se a mecânica é simplificada, deixa espaço para as habilidades de batalha, onde a boa pontaria e estratégias de emboscada são o que vale. 


As possbilidades criativas são muitas, desde a montagem de veículos terrestres, como carros e tanques; voadores, como  navios de guerra (hã?), helicopteros, e até drones; além de baseados em animais, como dinossauros e escorpiões; o visual lembra algumas séries de animações como Bionicle ou brinquedos de LEGO, mas um dos grandes problemas são os gráficos, que parecem inacabados; ou seja, o que poderia ser um visual clean para as máquinas acaba tendo o aspecto de jogo em produção ou Game Preview. Detalhe: apesar de possuir características próprias, os robôs não diferem muito entre si em suas funções, o que faz com que a escolha por determinado tipo seja mais pela estética do que pela utilidade.

Construindo e comprando

Logo no início, o jogador aprende através de um tutorial como montar seu robô, peça por peça. É um processo um pouco demorado, mas que é decisivo para a ação, afinal, uma boa configuração de seu veículo irá decidir sua sobrevivência nas batalhas. São diversos tipos de peças: cubos (ajudam na resistência do robô), movimento (rodas, patas, entre outras), armas (laser, pistolas de plasma, etc), especiais (escudos, ombreiras) e decorativas (apenas para melhorias estéticas), que são desbloqueadas de acordo com o desenvolvimento no jogo. Você deverá "encaixá-las" uma a uma nos locais indicados, um processo que exige um pouco de atenção. As pessoas que não gostam de customizar a aparência de seus personagens poderão não se sentir atraídas por essa funcionalidade toda. 

Um dos grandes problemas iniciais, é que são necessários Cosmetic Credits para a compra de peças adicionais através da tela de inventário do jogo. Não é algo que irá definir o desempenho do jogador, são apenas peças estéticas, como holoflags, visuais de armas, peças de máscara, velocímetro, rastros de vapor e mais.

Os pacotes de créditos possuem preços que variam entre R$ 5,45 e R$ 51,70 (com descontos para assinantes do Game Pass) e acrescentam apenas valor visual ao seu veículo, o que conta mais para quem está na brincadeira pela montagem da máquina, que também pode ser compartilhada para os usuários do jogo em todo o mundo.

Com a compra de 2.000 Cosmic Credits, o usuário ganha 18 CPU Cosméticas adicionais (CCPU), o que o deixa com 24 CCPU, o máximo permitido no jogo.

Considerações finais: divertido ou não?

Jogos de tiro em terceira pessoa são lançados aos montes a cada ano, no que os fãs do gênero possuem além de ampla escolha, títulos com muitas opções de funcionalidades, gráficos, modos, e tudo o que seja atrativo. Robocraft Infinity é uma boa ideia, mas falhou na execução ao ser um pouco limitado nas escolhas.

Apreciadores de robôs irão se sentir atraídos pelo título, e nesse ponto, ele agrada bastante, sendo uma boa opção para quem quer brincar com algo despretencioso e simples. O modo Multiplayer funciona muito bem, sendo o principal chamariz.

O ponto mais interessante do jogo, que é a possibilidade de montar o robô livremente, acaba ficando condicionada pela compra de créditos adicionais com dinheiro real para conseguir fazer coisas mais detalhadas, mesmo assim, é diversão garantida. As batalhas online começam a perder a empolgação depois de algumas horas de jogo, se tornando repetitivas, pois não há nenhum diferencial chamativo o suficiente para prender o jogador. É um bom título, mas falta um pouco de produção para ser algo excelente.

- Qualidades

- Os combates são divertidos e eletrizantes, garante sim uma boa diversão para quem é fã de jogos de tiro;
-  A chance de customizar robôs é algo empolgante para quem gosta de brinquedos estilo LEGO;
- O modo online funciona bem, apesar de tudo.

- Defeitos

- A customização de robôs não é tão simples, e pode se tornar um processo aborrecido devido as microtransações;
- O gráficos parecem meio inacabados, assim como o jogo todo precisa de alguma revisão;
- Os modos de jogo são todos online, dependentes da ativação da Live Xbox.

Robocraft Infinity - Xbox One - Nota 7,5


* Esse texto foi produzido a partir de uma chave cedida pela assessoria de imprensa.  

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