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[Review] Cladun Returns: This is Sengoku! (Multi) Transporta os pixels para o Japão feudal

Nippon Ichi Software traz um RPG com pitada retrô






Cladun Returns: This is Sengoku! é a continuação direta da série Cladun, iniciada no PSP. O jogo apresenta um estilo completamente retrô, com personagens ultra pixelizados e diversos elementos de RPG. Para quem não se lembra, a Nippon Ichi é a mesma produtora da série Disgaea, conhecida pelo seu alto nível de exageros.

Avatarizando


Ao iniciar o game o jogador pode escolher utilizar as músicas na versão moderna ou retrô. Testei ambas e acreditem: a retrô dá um charme a mais na experiência. Feito isso o jogo nos direciona para a tela de seleção de avatar. Aqui é possível definir o sexo do personagem e escolher um entre os 20 modelos disponíveis pelo jogo alterando somente as cores de atributos como cabelo e barba.

Definidos o gênero e a aparência, é hora de configurar a sua “profissão”. Como em todo bom RPG que se preze as classes variam entre opções clássicas como samurai (melhor em combates físicos) e mago (excelente para ataques a distância) a alguns nem tão comuns assim, como é o caso do mercador, capaz de aprender círculos mágicos.

Saindo de casa com a certeza de estar preparado para a batalha

Em minha primeira jogatina acabei optando pela profissão de samurai. Já na segunda optei em criar uma maga para a minha jornada. Pode ser só impressão mas achei que, ao escolher ofícios que demandam habilidades físicas, o jogo parece ficar muito mais difícil do que ao controlar personagens que atacam de longa distância.


A vila e as masmorras


Grande parte do jogo se passa na vila chamada Arcanus Cella. Esse lugar pitoresco é onde as almas vão após deixar a vida e, caso todas as suas missões tenham sido realizadas na vida anterior, elas podem seguir para a reencarnação. Tudo ocorria bem até o momento em que várias dessas almas começaram a ficar presas em masmorras, e é aí que você assume para ajudar a resgata-las. 

Infelizmente esse enredo não é explorado, de forma muito densa, em Cladun. Na maioria das vezes, o espírito apenas aparece na vila pedindo ajuda, informa o local do mapa para que você cumpra a missão e só. Nada muito aprofundado, o que é de se estranhar vindo da Nippon Ichi, que gosta bastante de explorar enredos em seus jogos. 

No início, muitos estabelecimentos da vila estarão fechados e só abrirão depois de um bom tempo de jogatina

Apesar da trilha sonora de 8 bits ser excelente, a canção que toca na vila é sempre a mesma, o que pode fazer com que você se sinta enjoado dela depois de um tempo. Já a música das masmorras, até em virtude da ação na tela, acaba demorando um pouco mais para saturar os ouvidos. 

Falando nelas, é aqui onde a ação realmente acontece. Elas funcionam como mini fases, em forma de labirintos, repletas de inimigos, onde o objetivo é chegar ao final ileso. Durante esse trajeto é possível encontrar os mais variados tipos de adversários que vão desde guerreiros com facas - que dariam inveja as antigas Ginsu (cortam tudo mesmo!) - a monstros cuspidores de magias. 

Cada tela exige um determinado nível de experiência do personagem, o que, por muitas vezes, demandará que o jogador volte diversos andares para acumular experiência, suba de level para, só então, voltar para aquela masmorra que não estava conseguindo passar. Esse padrão de evolução gradual também é seguido pela dificuldade do jogo. Os inimigos ficam mais fortes e habilidosos a medida em que o jogador evolui, o que torna o desafio sempre justo e recompensador.

As masmorras sempre estão repletas de inimigos, por isso, ir preparado é fundamental

Durante as batalhas, os comandos seguem o estilo de jogos antigos do gênero: um botão para atacar, outro para correr, um para defender, outro para pular. Independente da profissão escolhida, o personagem irá adquirir diversas armas durante a aventura e cada uma delas dará acesso a uma habilidade especial. 

Qual equipamento utilizar, bem como escolher qual a melhor hora para utilizar determinada habilidade é uma questão de estratégia que varia de jogador para jogador, e aumenta ainda mais a longevidade do título 

Veredito

Cladun Returns: This is Sengoku! é um bom game para passar o tempo. Com diversas opções de personalização, muitos calabouços para explorar, uma grande variedade de habilidades e armas para serem equipadas nos personagens e uma dificuldade que acompanha a evolução do jogador, é o tipo de game ideal para ser apreciado em dispositivos portáteis. O jogo está disponível para PS4, PSVita e PC.

Qualidades
  • Alto fator replay
  • Dificuldade na medida certa
  • Muitas opções de armas para os personagens


Defeitos
  • História extremamente rasa não prende o jogador
  • Músicas, apesar de boas, são repetidas à exaustão, o que pode cansar

 “Cladun Returns: This is Sengoku!” – Nota 6

Revisão: Ailton Bueno


Fábio Marcondes Pedroso, conhecido também como Fábio Laudonio, é Jornalista e trabalha escrevendo para revistas científicas de engenharia. Quando não está redigindo algo divide o seu tempo entre séries do Netflix, futebol e games, não necessariamente nessa ordem. Atualmente está aprendendo a tocar violão e espera, algum dia, poder tocar uma música inteira de forma decente.

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