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[Review] Rocking Pilot

Sarre muito com O Piloto nesse game de guerras, explosões e tiros para todos os lados.

Não se engane, durante o jogo o céu não vai estar limpo assim.

Desenvolvido pela Gungrounds e publicado pela Mad Head Games, Rocking Pilot (PC) imediatamente lembra dois jogos: Aero Fighters (Arcade, SNES, Playstation 2) e Strike Gunner (Arcade, SNES), ambos conhecidos por serem do gênero Shoot 'em Up. Mesmo também adicionando o conceito de Bullet Hell ao seu gameplay, embora não seja algo inovador, é executado muito bem.

Pule imediatamente antes de chegar ao chão. Talvez ajude.

Em Rocking Pilot, o personagem se apresenta como O Piloto, visita zonas de guerra para destruir os invasores e acabar com os conflitos. As guerras são televisionadas através de um programa como forma de atração para a população, no qual sangue e carnificina aumentam o ibope a níveis espetaculares (alguém lembra de Penarium?). Enquanto mata os inimigos com suas balas, mísseis e hélices, o Piloto vai eliminando generais, aumentando sua fama e, consequentemente, a quantidade de pessoas assistindo ao programa.

Quem estava por trás do Global Conflict eram alienígenas, que tentavam conquistar os humanos com um programa televisivo. Enquanto eu acompanhava a história, minhas expectativas eram diferentes. Eu esperava algum culto, alguma organização secreta. Quando revelaram os extraterrestres, percebi que a história não importava, realmente. Qualquer coisa que apresentassem seria apenas uma desculpa para a ação e tiroteio no jogo.

As cutscenes são apenas cortes humorísticos durante a jogatina, e as piadas e humor que trazem fluem muito bem. É com essa simplicidade que o jogo consegue deixar o foco completamente voltado ao gameplay, no qual o jogador só precisa se concentrar em desviar de mísseis, gases venenosos, salvar aliados, e destruir o resto. É praticamente um show pirotécnico.

Parece simples o suficiente.

Adoro acordar ao cheiro de napalm. E panquecas!

Quando comecei Rocking Pilot, o que mais chamou a atenção foi a mecânica de missões curtas. Quando nos deparamos com jogos SHMUP (Shoot 'em Up), vemos com muita frequência aquelas fases longas onde o veículo atravessa grandes mapas até chegar em um chefão. Aqui, ao contrário, as quests são curtas, dinâmicas, e mesmo que o jogador sinta dificuldade de superar algumas, é tão divertido que você se sente compelido a continuar ou pode facilmente parar e retomar depois, sem ter aquela sensação de que vai perder seu progresso. A mecânica de dificuldade crescente também ajuda os menos experientes com Bullet Hells, com fases mais fáceis no começo, além de manter o interesse com com novidades durante o game.

A primeira delas é o sistema de desbloqueio. Muito do conteúdo do jogo está travado e precisa ser liberado gradativamente. Armas melhores para o helicóptero, fases novas ou em versões mais difíceis, e mais mundos. São quarenta e uma missões (até onde avancei), distribuídas em quatro zonas diferentes, cada uma com mecânicas próprias. Ao introduzir novos inimigos e dificuldades, Rocking Pilot conseguirá prender sua atenção por mais tempo do que você esperava inicialmente.

Favor não fumar no campo de batalha.





Sou um entusiasta. O mesmo que um amador - mas com mais balas!

Além das mecânicas e dificuldade crescente, o jogo não peca na trilha sonora. Ouvir aquele rock enquanto está destroçando hordas e hordas de tanques e soldados inimigos deixa qualquer um animado. O game também te dá dicas sonoras, inclusive para indicar o quão próximo você está de seu objetivo, o que significa que você deve se concentrar em eliminar os adversários sem precisar se preocupar em olhar o quão próximo está de completar a missão.

Gostei bastante dos gráficos. Eles podem não ser ponta de linha, mas os veículos ficaram muito bem delineados em minha visão, e consegui definir claramente o que era um projétil - embora isso não seja garantia de que você consiga cumprir o objetivo.

O estilo visual do jogo é bem definido e agradável, porque dá aquele ar de Arcade, e é possível adicionar scan lines, imitando os "monitores catódicos de antigamente". O design da interface é simples e claro e, embora alguns reclamem que as laterais ocupam muito espaço na tela, é proposital, não vi problema algum.

O mais importante em jogos nesse estilo, porém, não são gráficos nem trilha sonora, são os controles. Quando é necessário desviar de balas, repeli-las com as hélices ou recolher power-ups no meio do campo de batalha, controles fluidos são essenciais, e o jogo entrega isso perfeitamente. É possível jogar no controle, mas eu tenho uma paixão especial por mouse e teclado, e não me decepcionei. O tempo de resposta é ótimo, mas às vezes na minha tensão eu acabava perdendo a mira do mouse no meio daquele caos.

Sun Tsu disse: sempre tenha vários foguetes.

Algumas das missões possuem um modo de jogo baseado em pontuação, na qual os jogadores podem disputar as melhores posições em um ranking global contra os demais. Percebi que muitas vezes me entusiasmava em disputar uma colocação com outras pessoas tanto quanto conseguir vencer aquela difícil missão na qual empaquei. É claro que não foi só o posicionamento no ranking que me impulsionou, porque esse modo de jogo também desbloqueia melhorias e mais missões.

Peraí, compadre, vamos conversar!

Rocking Pilot é um SHMUP/Bullet Hell que é visualmente agradável, possui boa trilha sonora e utiliza um sistema de desbloqueio de melhorias que agradará a muitos. Os controles respondem bem e até a história, embora curta e boba, me divertiu. A dificuldade crescente não me atrapalhou, embora a vontade de liberar novas armas tenha ajudado bastante. Se você sempre quis se tornar um astro da TV enquanto decepa soldados com as hélices de seu helicóptero, essa é sua chance.

Qualidades:

  • Visual atraente;
  • Trilha sonora adequada;
  • Dificuldade escala bem;
  • Desbloqueio de melhorias.

Defeitos:

  • Alguns desafios são frustrantes.

Rocking Pilot — PC — Nota: 9

Revisão: Manoel Siqueira

* Este texto foi produzido a partir de uma chave cedida pela assessoria de imprensa para a versão de PC.

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