[Review] MOP: Operation Cleanup (Multi) é repetitivo e curto.

O game da EnsenaSoft tem um bom nível de dificuldade, mas sua jogabilidade decepciona.

Os jogos do estilo runner são específicos para um certo tipo de público. Para aqueles que já estão acostumados ao gênero, MOP: Operation Cleanup (Multi) é um prato cheio. Com uma dificuldade crescente e vários objetivos a se cumprir em cada fase, o game cumpre bem a sua proposta de divertir, porém, para os desavisados, pode ser um pesadelo.

Corra, pula e… só?

Basicamente é só isso que fazemos no jogo todo. No game nós controlamos MOP, um simpático robozinho que tem a missão de limpar uma série de locais enquanto enfrenta diferentes inimigos. Eles podem atirar um cuspe ou uma corrente de ácido e na água eles nadam em direção do personagem. Nenhum deles é complicado de derrubar, já que basta pular em cima deles ou usar um movimento giratório na água.

Apesar dessa facilidade, às vezes tomamos danos graças a característica principal do jogo, o fato de MOP estar sempre correndo em frente. Quando ele dá um pulo em uma borda, automaticamente ele faz uma “estrelinha” e volta alguns centímetros, então caso tenha algum inimigo, eventualmente, tomamos dano.

Além disso, essa mecânica de corrida única incomoda demais, devo confessar que me senti meio inútil apertando apenas um botão, um sentimento similar a quando joguei Super Mario Run (Android/iOS), acho até que MOP: Operation Cleanup seria melhor se fosse um jogo mobile, ao invés de ser jogado no PC ou nos consoles.

Um réquiem pós-destruição

A trilha sonora do jogo é bem básica e não se destaca, algum dos efeitos sonoros do jogo podem ser encontrados em outros games, como em Ingress (iOS, Android). Na realidade, isso é bom, já que algumas missões são complicadinhas de se cumprir, então seria muito chato ficar ouvindo uma canção pesada ou que desagradasse.

O grande ponto alto do jogo é o gráfico, ele é ao mesmo tempo colorido e com um grande tom de cinza (o que indica a destruição do planeta que se passa o jogo). Tudo dosado em equilíbrio quase que perfeito. Os entulhos que ficam na “tela” atrapalham de vez em quando, mas nada muito sério.

A qualidade do jogo cai e muito nas fases de água, já que o entulho acaba escondendo algumas armadilhas além de ser mais difícil de controlar o personagem. Além disso, nessas fases passamos a nadar para os dois lados em alguns momentos, o que é extremamente problemático, já que temos que bater a cabeça em pedras específicas para isso.

A limpeza do mundo é sua missão

Apesar de todos os pontos positivos — o gráfico e a trilha sonora — o jogo logo cansa e acaba ficando repetitivo demais. Além de ser muito fácil. O que trás alguma dificuldade é cumprir todas as missões da tela, mas depois de um tempo, nem isso anima a rejogar as fases. Ainda assim, nunca achei que limpar um local fosse possível de se fazer desse jeito.

Qualidades

• Gráfico colorido e triste ao mesmo tempo;
• Trilha sonora que não incomoda.

Defeitos

• Efeitos sonoros genéricos;
• Muito fácil;
• Jogabilidade extremamente simples.

MOP: Operation Cleanup — Multi — Nota: 6,0

* Este texto foi produzido a partir de uma chave cedida pela assessoria de imprensa para a versão de WiiU.

Revisão: Douglas Fubarion Marciano