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[Review] Operation Babel: New Tokyo Legacy é uma inovação dentro do gênero

O novo jogo da série New Tokyo Legacy se destaca com um novo sistema de criação de personagens, mas falha em sua narrativa.


Todas as vezes que a distribuidora Nis America traz ao PC uma  nova versão de um jogo lançado anos atrás para console, é intrigante, pois nada é por acaso, sempre há alguma intenção por parte da desenvolvedora em questão.

No início do ano tivemos a chegada dos dois jogos da série de RPG Disagaea para a plataforma, até então exclusivos dos consoles da Sony e Nintendo, e há rumores de que novos jogos da franquia chegarão a Steam, incluindo o mais recente título da franquia, Disgaea 5: Alliance of Vengeance.

Em outras palavras, a intenção das desenvolvedoras associadas a Nis é utilizar alguns de seus antigos títulos para introduzir seus mais novos jogos ao PC. A última série a sofrer esse processo foi  a franquia de dungeon crawl New Tokyo Legacy. No final de março fomos surpreendidos com a presença de Operation Abyss e recentemente com o lançamento de sua continuação direta Operation Babel.

Lendas sobre uma Tokyo futurista

O ano é 20XX, e a sede de sangue das criaturas conhecidas como Variants está em estado de sítio. Essas criaturas monstruosas tem espalhado medo e pânico por toda a cidade. Até mesmo a polícia e os militares são incapazes de detê-los.
Mas há jovens garotos e garotas que encaram bravamente esses monstros . Esses bravos heróis são simplesmente conhecidos como Xth. Eles as eliminam com tamanha sutileza e graça que suas histórias são tratadas como lendas urbanas.
A situação se agrava ainda mais quando um misterioso objeto, apelidado de  ‘O Embrião’, surge nos céus, a CPA e os Esquadrão Xth são chamados para conter a nova ameaça.

A história pode ser um problema para aqueles que estão tendo sua primeira experiência com a série. Não que seja obrigatório que você tenha jogado o título anterior para compreender  a trama de Operation Babel, mas é algo fortemente recomendável, pois a introdução, que deveria apresentar o mundo de Tokyo Legacy aqueles que nunca tiveram contato com a série, é muito breve. Além disso, há alguns personagens, principalmente antagonistas, que simplesmente não são apresentados propriamente, deixando algumas  lacunas.

A situação pode se tornar ainda pior, quando lembramos que quem realmente quiser se inteirar da história terá que dedicar mais de 40 horas para concluir Operation Abyss. Haja fôlego e gosto pelo estilo para encarar uma jornada como essa!

Quando distinção não é sinônimo qualidade

Para os mais desinformados, Dungeon Crawl é um subgênero derivados do RPG cuja a principal característica é exploração de cavernas, caboucos ou mesmo masmorras em busca de tesouros e conflitos. Da mesma maneira que seu gênero de origem, ele é marcado por longas histórias introdutórias. O jogo, no entanto, rompe com esse hábito e parte para ação já nos primeiros minutos de jogatina. Eu não estou dizendo que jogos que se focam inteiramente na história sejam ruins, aliás, muitos jogos desse estilo provam o contrário, como é o caso de Ray Gigant (PC/PS Vita), que destaca mais por sua trama do que por sua mecânicas. O fato é que essa peculiaridade de Operation Babel pode atrair o público que prima pelos elementos de ação nos jogos e, ao mesmo tempo, tem ressalvas com relação a este estilo jogo.

Outro diferencial do game é possibilidade de criar e customizar cada um dos integrantes de sua equipe. Há dezenas de opções de customização estética que variam desde a aparência  e voz de seus personagens até a escolha de uniformes e acessórios. Mas o grande destaque fica por conta do Type que define seus atributos iniciais e o Blood Code, que corresponderia a classe de personagem nos RPGs clássicos.

Esse sistema de criação de personagem foi uma bela surpresa, pois se trata de algo incomum dentro do subgênero. Além disso, permite que você se utilize de uma grande táticas para superar as dungeons e seus desafios.

Apesar destes diferenciais, New Tokyo Legacy possui alguns “defeitos”  comuns desse estilo de jogo como missões que se resumem quase que, exclusivamente, a matar inimigos, subir de nível e melhorar seus equipamentos, o que as torna rapidamente repetitivas e enfadonhas.

Além disso, a história também demora a se desenvolver e se só torna realmente interessante após dezenas de horas de gameplay. Nesse meio tempo, a quantidade de entidades extremamente poderosas que te juram de morte, mas acabam poupando momentaneamente sua vida é tão grande que em alguns momentos você se sente patético e impotente.

Inovando aos tropeços

Não há como negar que as novas mecânicas de customização tornam Operation Babel bastante atrativo, principalmente por ampliar as estratégias durante a exploração das dungeons. No entanto, por ser uma continuação direta de Operation Abyss, é necessário ter jogado esse último para compreender devidamente sua trama. Além disso, a história demora para alcançar seu ápice. Sendo assim, recomendo para aqueles que já tiveram algum contato com a série ou que realmente apreciem o subgênero.

Qualidades:

  • Breve introdução;
  • Sistema de customização de personagem. 

Defeitos:

  • Trama confusa para os novatos;
  • Missões repetitivas;
  • História se desenvolve muito lentamente.

Operation Babel: New Tokyo Legacy – PC/PS Vita – Nota 6,5

* Este texto foi produzido a partir de uma chave cedida pela assessoria de imprensa para a versão de PC.

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