[Review] Bubble Ghost Remake
De 1987 para 2025, um clássico retorna em um remake curioso e divertido.
NOSTALGIA SOPRANTE
Lançado em 27 de março de 2025 para PC (via Steam), Switch e PS5, Bubble Ghost Remake revive um clássico cult de 1987 com graça, humor e… bolhas fracas. O objetivo? Guiar uma bolha frágil pelos corredores de um castelo encantado, usando apenas sopros precisos. Simples na teoria, implacável na prática — um verdadeiro Dark Souls em versão pum de enxaguante bucal.
ENSAIO‑ERRO COM UM TOQUE DE MISTICISMO
Você controla Heinrich Von Schinker, um fantasma que sopra sua bolha por mais de 40 níveis, incluindo versões retrô e conteúdo novo. Cada obstáculo – velas, ventos, ratinhos, teias – exige timing perfeito. A bolha estoura? Recomeça o nível. Pensou que era casual? É paciência estilo Celeste ou Cuphead.
SISTEMA RETRÔ COM CARA DE QUADRINHO
O remake aposta num visual cartoon charmoso, com física de bolha bem desenhada e iluminação pontual. As partes em quadrinhos, com texto em verso e referências culturais (sim, romantismo murciano!), dão personalidade narrativa. Senti falta de variedade sonora (a música repete demais nos níveis, como em jogos de NES), mas a ambientação acústica – chuva à distância, velas – compensa.
DIFÍCIL, MAS COMPENSADOR
Com 3 níveis de dificuldade, chefes épicos e modo speedrun, a duração pode variar entre 4 e 8 horas, dependendo da sua sanidade. A curva é dura: “esse é o tipo de jogo de antes, teste seus sopros até estourar” . É gratificante quando, depois de paciência e planejamento, você vira o nível sem estourar o balão.
PRÓS E CONTRAS
👍 Pontos Fortes | 👎 Pontos Fracos |
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Visual charmoso e arte em quadrinhos | Música repetitiva em níveis longos |
Física e iluminação bem executadas | Falta variedade sonora |
Narrativa poética e cheia de charme | Pode frustrar novatos com seu desafio |
Modo speedrun, chefes e 40+ fases | Não tem combate real – só sopro e foco |
VEREDITO FINAL: POESIA FRÁGIL EM FORMA DE JOGO
Bubble Ghost Remake é um indie minimalista, ritualístico e um tanto poético — se você gosta de mitologia fantasmagórica com bolhas, claro. Um tremendo desafio "sopreto”, quase filosófico: quanto cuidado e concentração um fantasma soprar pode exigir?
Se você curte jogos old‑school que exigem paciência, precisão e uma pitada de repetição nervosa, vai se apaixonar por essa jóia que é um micro poema em plataforma. Agora, se música repetitiva e paixões por bolhas não te atraem, talvez seja só sopro na água — ou nos ouvidos. "Um balão sólido, mas sopre com cuidado: senão, já era."
Nota: 7,5/10
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