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[Diário de Bordo] A Primeira vez com Zelda

Primeiras impressões de um adulto com infância "seguista".



Creio que possa ser difícil para alguns admitirem quais são os seus chamados “pecados gamers”. No meu caso isso nunca foi um problema. Em minha infância, nos anos 90, sempre tive consoles da Sega. Anos mais tarde acabei adquirindo um Super Nintendo no qual joguei séries como Metroid, Donkey Kong, Star Fox e Mario. Quem conhece muito o mundo dos jogos notou que acabei não citando uma das principais franquias da Nintendo. Pois é, infelizmente não joguei The Legend of Zelda: A Link to The Past (Snes) e em nenhum outro console posterior a ele e olha que a Big N me deu diversas chances de fazer isso. Mas, como nunca é tarde para buscar o perdão, o primeiro jogo que adquiri para o Nintendo Switch foi Zelda: Breath of The Wild. As impressões de como me senti controlando Link pela primeira vez é o que pretendo relatar aqui.

Despertando com o Link

Para a minha primeira incursão no mundo de Zelda resolvi fazer algo diferente dessa vez e não procurei ler muito sobre os outros jogos da série. Achei que isso tornaria minhas impressões mais espontâneas e assim, evitaria com que fizesse algum tipo de comparação com outros títulos da franquia sem perceber. O jogo começa com Link acordando em uma câmara chamada Shrine of Ressurection. Confuso e sem memória, o personagem nota que tem nas mãos apenas uma espécie de tablet chamado Sheikah Slate, que será utilizado para registrar as informações de nossa aventura.
Ei Link é hora de acordar...



Na câmara é possível aprender alguns comandos básicos do personagem como o de arremessar objetos do cenário, habilidade que será muito útil mais à frente. Ao sair do templo chegamos ao chamado Great Plateau, que funciona como uma espécie de tutorial, principalmente para novatos como eu. Aqui pude ver que Link é capaz de fazer quase tudo: escalar árvores e muros, colher frutas para se alimentar e recuperar energia, atirar pedras nos inimigos. Depois que parei de babar na beleza das cores dos cenários e na extensão colossal do mapa, pensei: "Como posso derrotar os inimigos se estou desarmado?"

Como um verdadeiro novato, sai correndo pelo mapa, sempre tentando me desvencilhar dos inimigos, a procura de uma faca, espada, ou o quer que fosse possível utilizar para derrotá-los. Não demorei muito a perceber, e confesso que foi frustrante, que só encontrei frutas para recuperar vida e pedras. Sim, pedras! Custei a perceber que teria que usá-las para derrotar algum inimigo e, consequentemente, pegar suas armas. Resolvi escolher como primeira vítima um monstro arqueiro que estava de costas para mim em uma colina. Após vencê-lo na base da pedrada, consegui obter seu arco, bem como algumas flechas, e pude partir para desafios maiores.

Vai um agasalho ai?

É importante ressaltar que Zelda: Breath of The Wild é um jogo de mundo aberto. Isso significa que, com exceção das missões principais, existem muitos poucos pontos do mapa que indicam para onde seguir, ou seja, tudo o que você faz é por sua conta e risco. A título comparativo, Horizon Zero Dawn (PS4) ou Watch Dogs 2 (Multi) também são jogos de mundo aberto, porém com objetivos bem mais claros, que são apontados no mapaDito isso, resolvi explorar o novo mundo apenas munido de meu arco e flecha e algumas maçãs no bolso. Uma longa caminhada fez com que me deparasse com uma área com neve, bem distante do meu ponto de partida. E lá fui eu me aventurar nela com uma camiseta e uma bermuda achando que nada de ruim poderia me acontecer...
Em Breath of The Wild, entrar em áreas com neve, sem a vestimenta adequada, pode custar caro.



A cada, aproximadamente, 20 passos que dava na neve,  metade da minha vida era drenada. Quando abro o menu para comer uma maçã e recuperar a energia perdida, me deparo com o avatar do Link tremendo de frio. Esse detalhe, aparentemente simples, me fez ficar ainda mais próximo do personagem além, é claro, de torcer para que ele me perdoasse por tê-lo colocado nessa fria, literalmente.

Logo depois de passar pelos campos de neve consegui abater um inimigo que carregava orgulhosamente um escudo e uma espada. Tratei de me equipar com ambos e sai à procura de batalhas ainda maiores. Isso me levou a encontrar uma base, com três monstros dentro, e uma plataforma, ocupada por um inimigo arqueiro que tocava um sino de alerta para que todos os outros integrantes da caverna soubessem da existência do perigo. 
Às vezes, uma explosão é o melhor remédio.



Depois de muito estudar o local, abati o arqueiro da plataforma e segui em frente para tentar derrotar os outros três inimigos que estavam dentro da base. Notei que um deles tinha uma cor diferente, meio azulado. Coincidentemente, ele foi o primeiro dos três a sair do esconderijo e ir para cima de mim. Quando ele instintivamente me atacou usei o escudo para me proteger. Para meu azar (ou sorte), sua arma era uma clava de espinhos, o que me matou instantaneamente com um só golpe.

Abatido e reconhecendo que não teria chance contra esse monstro, resolvi explorar o mapa quando encontrei, ali perto mesmo, uma espécie de vala lotada de barris explosivos. Não preciso ser tão didático para ilustrar que tive a ideia de carregar um barril até doca e jogar um deles para que tudo fosse pelos ares e só restassem as armas para recolher. Resultado, os dois inimigos mais fracos acabaram mortos na explosão e o azul muito ferido no processo. Ao vir correndo em minha direção o ataquei com tudo que tinha e consegui tomar sua arma e agora estou pronto para novas aventuras.

Estas foram as minhas primeiras experiências com um jogo da série Zelda - um game belíssimo, com trilha sonora impecável e que me passa a sensação de que posso fazer tudo, desde escalar paredes a derrotar inimigos com simples pedras. Ainda estou conhecendo as nuances da história que, aparentemente, ficará ainda mais envolvente daqui em diante. Espero, em breve, trazer mais novidades sobre a minha jornada.

Revisão: Ailton Bueno


Fábio Marcondes Pedroso, conhecido também como Fábio Laudonio, é Jornalista e trabalha escrevendo para revistas científicas de engenharia. Quando não está redigindo algo divide o seu tempo entre séries do Netflix, futebol e games, não necessariamente nessa ordem. Atualmente está aprendendo a tocar violão e espera, algum dia, poder tocar uma música inteira de forma decente.

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