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[Histórico] Openworld: A segunda investida

Vamos explorar os games de mundo aberto que marcaram a primeira geração de consoles.
No texto passado fizemos um panorama geral sobre jogos de mundo aberto, e hoje em dia eles são uma realidade no mercado atual, mas houve uma época em que tudo era novidade e os produtores precisavam procurar maneiras de suprir as limitações técnicas de seus consoles.

Por essa razão na primeira geração, com o Magnavox Odyssey e Home Pong, os jogos de esporte simples reinavam, com jogos como tênis, hóquei e outros. Na segunda geração as coisas começaram a melhorar um pouco mais.

A partir de então, os consoles já eram pouco mais poderosos, mas ainda assim os jogos de mundo aberto ainda eram raros e pouco explorados. Tanto que o maior expoente desse período foi Ultima I: The First Age of Darkness(Multi), lançado primeiramente para o Apple PC, em 1981. O jogo, contudo, não foi desenvolvido propriamente em mundo aberto, mas sim no chamado Overworld.

O começo da história, o Overworld

O que conhecemos como Overworld nada mais é do que uma série de mapas ou áreas interconectadas que formam um mundo. Nele podemos encontrar cavernas, cidades, campos abertos, enfim, tudo o que for pensado para ser incluído no jogo.

Um exemplo mais moderno de um jogo nesse estilo é o MMORPG Ragnarok (PC), game no qual  os produtores foram acrescentando novos mapas e cavernas a cada novo capítulo lançado .
Aquele que inaugurou este recurso, no entanto não foi o clássico distribuído pela Level-Up, mas sim  Ultima I: The First Age of Darkness(Multi). O game fornecia recursos para que criássemos nosso próprio personagem da maneira que quisermos. Como primeira escolha temos a possibilidade de distribuir trinta pontos em atributos, sendo eles Força, Agilidade, Energia, Carisma, Sabedoria e Inteligência. Além disso, sua customização era tão avançada para a época, que permitia escolher sua  sua própria raça- humano, elfo, anão e hobbit; os gêneros- masculino e feminino; e também a sua profissão- guerreiro, clérigo, mago e ladrão.

Após isso o jogador pode explorar o mundo livremente, são várias cidades para visitar, com diversas lojas e pessoas para conversar, além de uma grande quantidade de cavernas que conectam as várias partes do mapa, seja passando por montanhas ou indo para outro continentes, sempre enfrentando uma grande quantidade de monstros dos mais variados tipos, como caveiras, morcegos e vários outros.
Nas cavernas o estilo de câmera de terceira pessoa, de cima para baixo, para primeira pessoa, com uma grande noção de profundidade, obviamente as mecânicas e gráficos são ultrapassados, mas para a época foi uma revolução.
Uma peculiaridade em relação ao sistema de batalha é que não é exibido efetivamente o momento em que o personagem ataca os adversários Esse tipo de ação é apresentada através de textos posicionados no canto esquerdo da tela, o que fazia com que o jogador se preocupasse com a vida do personagem, aqui chamado de Hits.

Além disso, o jogador precisava se preocupar com a alimentação do personagem.O problema é que absolutamente tudo fazia o personagem ficar cada vez mais faminto. Por fim, a cada monstro derrotado itens eram derrubados, e como sabemos, isso é bastante comum hoje em dia.

O segundo grande expoente

Dois anos depois de Ultima, Ant Attack(ZX Spectrum/Commodore 64)foi lançado para o ZX Spectrum, um modelo de PC caseiro. O jogo dispõe de uma ambientação desenvolvida em mundo aberto, porém seu desenrolar é estranhamente  dividido por fases.
A estética do jogo também é bastante distinta, ele é quase todo em preto e branco, com algumas cores piscando quando a missão é terminada. Antes de iniciar uma partida, podemos escolher se queremos jogar com uma criança do sexo masculino ou feminino. 

Feito essa escolha, é preciso explorar uma cidade infestada de formigas gigantes, cuja a única defesa é uma quantidade limitada de bombas. Durante a missão, temos que dedicar parte do tempo a procura  de sobreviventes.
A cada fase percorrida, fica mais difícil encontrar aqueles que escaparam da morte e fugir dos inimigos e para ajudar a superar esses desafios, é possível subir em alguns muros e ir escalando como se fossem degraus.

A movimentação do personagem é fluída e a exploração do mapa é em 3D, dando-nos uma sensação de profundidade. Algo que hoje em dia é considerado supérfluo, mas para a época era algo praticamente impensando, se levarmos em consideração a capacidade técnicas existentes.

A aventura continua

Ultima e Ant Attack podem ser considerados as bases de inspiração para os jogos de mundo aberto. O primeiro fundamentou a ação e a exploração, com temáticas medievais, enquanto o segundo praticamente definiu esse estilo de movimentação e ainda é considerado um dos primeiros jogos isométricos produzidos para o computador.

Pela capacidade técnica de consoles e PCs, desenvolver um jogo de qualidade com elementos de mundo aberto era algo muito complicado. No próxima parte deste artigo, iremos abordar a terceira geração de consoles, época  em que teve início a lendária guerra consoles entre a Nintendo e a Sega.

Caso tenha alguma dúvida ou sugestão, não hesite em dizer . Aguardo seus comentários!

Revisão: Manoel Siqueira 

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